quarta-feira, 6 de março de 2013

Como Encontrar a Fonte das Crenças

(publicado por Morty Lefkoe em 22/09/2009)

Desde que passamos a oferecer programas de eliminação de crenças, muitas pessoas têm me falado: a fonte das crenças que você oferece nos vídeos de eliminação de crenças pode ser a fonte para a maioria das pessoas, mas nem todas são verdadeiras para mim. Por favor ajude-me a encontrar a fonte das minhas crenças..

Por isso decidi devotar o post do blog desta semana a fornecer você com os princípios que ensinamos aos facilitadores do Certified Lefkoe Method, de forma que você seja mais eficiente em encontrar a fonte de suas crenças quando as fontes que sugerimos nos vídeos não sejam verdade para você.

1. Crenças são quase sempre uma interpretação lógica que você faz dos primeiros eventos do passado. Uma crença é o significado que você dá aos eventos que não têm significado inerente algum. Assim, a maneira mais óbvia de encontrar as crenças para estes eventos é perguntar a si próprio: O que possivelmente pode ter acontecido que teria levado esta crença a ser formada? O que mamãe e papai fizeram ou disseram repetidamente que teria feito eu concluir isso (as palavras da crença)?

2. Se a crença é uma crença de autoestima—em outras palavras, uma crença sobre si mesmo tal como Eu não sou importante, Eu não sou bom o suficiente, ou Eu sou impotente—então a fonte da crença é quasse sempre relacionada às interações com os pais (ou muito raramente com cuidadores em tempo integral), antes dos seis anos de idade.

3. A fonte de uma crença é raramente um ou dois incidentes; trata-se usualmente de um padrão de eventos, por exemplo, a maneira como você é tratado por seus pais diariamente, não umas poucas vezes em que algo "grande" aconteceu. Olhe para a natureza de seus relacionamentos com seus pais, em vez de para incidentes específicos, embora os incidentes possam ser mais reais para você e possam ser utilizados para eventualmente se chegar ao padrão de comportamento e ao relacionamento existente. Obviamente, eventos traumáticos como estupro ou presenciar alguém sendo morto possam, por si próprios, levar à uma crença.

4. Para a maioria das pessoas, a fonte de Eu não sou bom o suficiente, Eu não sou importante, Eu não sou adequado, Eu não sou capaz, Eu não sou competente, Nada do que eu faço é bom o suficiente, Erros e fracassos são ruins e diversas outras crenças similares foi a insatisfação ou raiva frequente de seus pais quando você não fazia o que eles queriam, quando eles queriam ou da maneira que eles queriam. Você ouviu coisas como: Você nunca aprende? Quantas vezes eu vou ter que lhe dizer? O que há de errado com você?

5. A pergunta a fazer é: quais são os eventos primários que poderiam ser a fonte da crença? Crenças de autoestima quase sempre podem estar conectados aos primeiros seis anos de vida com seus cuidadores primários. Por outro lado, outros tipos de crenças são frequentemente formados mais tarde na vida (por exemplo, quando você entra em seu primeiro emprego você forma crenças sobre o trabalho e quando você se envolve em seu primeiro relacionamento você forma crenças sobre relacionamentos). Portanto, não assuma que todas as crenças podem ser rastreadas até sua primeira infância.

6. Tente obter eventos concretos como fonte de uma crença, em vez de interpretações, por exemplo, meus pais gritavam comigo e me batiam, em vez de meus pais ficavam desapontados comigo ou não gostavam de mim. Se você não puder se lembrar de quaisquer eventos concretos após procurar, mas você tem de fato uma clara sensação da fonte de uma crença, tal como, meus pais não se importavam comigo, identifique comportamentos específicos que seus pais exibiam que significassem para você que eles não se importavam. Desta maneira você terá algo com que trabalhar durante os passos de "ver" e "sentir" suas crenças no Lefkoe Belief Process.

7. Algumas pessoas não terão lembrança alguma de suas infâncias antes da idade dos 6 ou 7 anos. Uma vez que a maioria das crenças de autoestima, de sentido de si próprio e de sentido da vida parecem ter-se desenvolvidos antes daquela idade, esta situação pode apresentar-se como uma dificuldade em potencial.  Em tais casos é frequentemente possível obter um bom senso do que pode ter acontecido em sua infância,  utilizando a seguinte técnica:

Relembre o que você puder de seu relacionamento com seus pais. Quais eram os padrões de personalidade e comportamento de seus pais em alguma idade que você possa se lembrar? Se haviam irmãos mais novos, como seus pais lidavam com eles? Quando você tiver formado uma boa lembrança de seus pais, pergunte-se: como eles teriam agido com você quando você tinha 2 anos?—e então descreva o comportamento típico de uma criança de 2 anos. E que tal quando você tinha 3 anos?  Etc.

Situações típicas da infância incluem: não colocar as coisas nos lugares; fazer barulho; não fazer o que os pais querem, quando os pais queriam, da maneira que eles queriam; não fazer tarefas; os pais não estarem presentes ou estarem presentes fisicamente mas não emocionalmente; não ser pego no colo e beijado; não ser reconhecido pelo que você fez; ser comparado desfavoravelmente com irmãos ou outros.

Quase todo cliente com quem eu já tentei isto foi capaz de tornar real como seus pais o trataram antes dos seis anos imaginando como seus pais devem ter agido em situações especificas da infância, baseados num conhecimento sobre seus pais numa idade posterior que é real para ele.

Por eu não me lembrar virtualmente de nada antes da idade de seis anos, esta foi a técnica que utilizei para eliminar todas as minhas crenças que foram formadas na infância.

8. Você poderá ter muita dificuldade em encontrar a fonte de uma crença por se sentir desconfortável em criticar seus pais. Alguns de meus clientes constantemente falam sobre quão maravilhosos seus pais eram e dizem que não podem imaginar coisa alguma que os pais deles fizeram ou disseram que pudesse levá-los  a concluir algo negativo sobre eles ou a vida.

Em tais casos, eu enfatizo que os pais deles fizeram o melhor que eles puderam e que o propósito do Lefkoe Belief Process não é falar mal de seus pais. Algo na vida deles aconteceu que os levou à crença em questão e o padrão desfuncional que agora têm não é o resultado de algo que seus pais fizeram, mas, em vez disso, é o resultado da interpretação deles para o que seu pais  fizeram.

9. Também é importante compreender que mesmo se 90% das interações de uma criança com seus pais fossem “positiva,” e apenas 10% “negativas,” a criança ainda tentará fazer sentido nos 10% e pode alcanças conclusões negativas sobre si mesmo.

10. É importante entender que a crença fazia sentido na altura em que foi formada. Era uma interpretação lógica, uma que a maioria das pessoas (a maioria das crianças, no caso de crenças formadas na infância) que tiveram as mesmas experiências teriam feito. Você não cometeu um erro ao formar a crença. Foi realmente uma abstração brilhante que integrava inúmeros eventos desconexos que não haviam feito sentido antes.

11. Algumas vezes você poderá sentir fortemente que existem duas fontes diferentes de uma crença, uma  com seus pais em casa e uma dos primeiros anos de escola. Você não tem certeza se você formou a crença antes de ter ido para a escola. Em tais casos, use a fonte mais antiga. Se a crença não for eliminada, faça o programa novamente usando os eventos posteriores como fonte.

12. Embora crenças de estratégia de sobrevivência sejam interpretações de eventos, como qualquer outra crença, existe algo diferenciado sobre a maneira que elas são formadas. Veja minha postagem no Blog em 26/05/2009 que descreve em detalhes as crenças de estratégia de sobrevivência.

Obrigado por ler meu Blog. Você tem algo a acrescentar? Seus comentários poderão adicionar valor para outros leitores.

Por favor, fique à vontade para compartilhar minhas postagens com pessoas que você ache que possa se interessar (contanto que você mencione a fonte) e forneça um link para nós em seu website ou blog.

Nenhum comentário:

Postar um comentário